A Volkswagen informou nesta semana aos seus funcionários que está avaliando o fechamento de fábricas na Alemanha. Se confirmado, será a primeira vez em seus 87 anos que a montadora encerrará as atividades de uma de suas plantas no país.
O encerramento das atividades está alinhado com os planos da empresa de reduzir custos frente à menor demanda e a um cenário competitivo cada vez mais acirrado com marcas chinesas. Essa competição é especialmente acirrada no mercado europeu, onde o preço médio de um carro elétrico chinês é cerca de um terço mais barato que o europeu.
Para competir com os carros chineses, a solução encontrada pela fabricante alemã foi a redução de custos.
“O mercado europeu de carros encolheu em um terço desde a pandemia e não prevemos um crescimento significativo”, disse Arno Antlitz, CFO da Volkswagen, em entrevista à CNBC. “Queremos reduzir nossa capacidade de produção na Europa em 10%.”
Apesar do encolhimento do mercado, as vendas de carros chineses seguem em ritmo acelerado na Europa. Os registros de veículos chineses no continente dobraram no ano passado, chegando a 322 mil, segundo a consultoria Jato. Embora esse número ainda seja pequeno em comparação aos cerca de 12 milhões de carros vendidos em todo o continente, os chineses já representam 7% do mercado de carros elétricos.