Voo que pode nos levar à era hipersônica

Tecnologia

Tecnologia pioneira promete revolucionar transporte aéreo com decolagens a partir de pistas convencionais e velocidades seis vezes superiores à do som.

A startup estadunidense Venus Aerospace, sediada em Houston (EUA), atingiu marco histórico ao realizar o primeiro voo de teste com um motor-foguete de detonação rotativa (RDRE, na sigla em inglês) nos Estados Unidos. O lançamento ocorreu na última quarta-feira (14) às 9h37 (horário de Brasília) no Spaceport America, no Estado do Novo México (EUA).

O feito representa a primeira vez que essa tecnologia experimental é testada com sucesso em ambiente real de voo a partir de solo estadunidense, colocando a Venus Aerospace mais próxima de concretizar seu objetivo de tornar os voos hipersônicos uma realidade acessível e sustentável.

“Esse é o momento pelo qual temos trabalhado nos últimos cinco anos“, celebrou a CEO da empresa, Sassie Duggleby, em nota. Segundo ela, a experiência validou de forma prática o design do RDRE: “Provamos que essa tecnologia funciona — não apenas em simulações ou dentro do laboratório, mas no ar.”

Qual a diferença desse sistema e por que estamos chegando na era de voos hipersônicos

  • O motor de detonação rotativa se diferencia dos foguetes convencionais ao gerar empuxo por meio de uma onda de detonação contínua, que circula em uma câmara anular;
  • Esse processo oferece maior pressão e eficiência, produzindo mais empuxo com menos consumo de combustível, o que torna o sistema mais compacto e potente;
  • Apesar de estudados há décadas, os RDREs permaneciam, até então, mais próximos da teoria do que da aplicação prática;
  • Andrew Duggleby, diretor de tecnologia (CTO) da Venus e cofundador da empresa, destacou o potencial escalável do projeto: “Esse marco comprova que nosso motor funciona fora do ambiente controlado, sob condições reais de voo. Construímos um motor que não apenas funciona, mas que opera de forma confiável e eficiente — e é isso que o torna viável em larga escala.”
  • Fonte: Olhar Digital

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