Produtos brasileiros até então isentos para entrar na Venezuela perderam o benefício vigente por acordos entre os países e passaram a ser cobrados na íntegra, surpreendendo comerciantes dos dois lados da fronteira. Desde o dia 17 de julho, os compradores da Venezuela têm reportado à Câmara de Comércio do estado de La Guaira que o sistema Sidunea, utilizado para declaração das mercadorias, não tem processado os certificados de origem de produtos brasileiros. Na prática, os produtos brasileiros ficam mais caros para acessar o mercado venezuelano, perdendo competitividade ante outros bens importados ou produzidos no país.

Produtos brasileiros até então isentos para entrar na Venezuela perderam o benefício vigente por acordos entre os países e passaram a ser cobrados na íntegra, surpreendendo comerciantes dos dois lados da fronteira.
Desde o dia 17 de julho, os compradores da Venezuela têm reportado à Câmara de Comércio do estado de La Guaira que o sistema Sidunea, utilizado para declaração das mercadorias, não tem processado os certificados de origem de produtos brasileiros.
Na prática, os produtos brasileiros ficam mais caros para acessar o mercado venezuelano, perdendo competitividade ante outros bens importados ou produzidos no país.
A medida já está no radar de autoridades brasileiras. O Itamaraty afirmou que está acompanhando relatos de dificuldades de exportadores brasileiros e que já acionou a Embaixada brasileira em Caracas.
Segundo órgão, a medida atinge o ACE 69 (Acordo de Complementação Econômica nº 69), que veda a cobrança de imposto de importação entre os dois países.
Em 2024, o comércio entre o Brasil e a Venezuela atingiu US$ 1,6 bilhão, sendo US$ 1,2 bilhão em exportações brasileiras — o que representa 0,4% do total exportado pelo país naquele ano.