O tratado de livre comércio entre União Europeia (UE) e o Mercosul, que vem sendo negociado há cerca de três décadas, avançou nesta quarta-feira (03).
A Comissão Europeia, braço executivo do bloco, apresentou ao Conselho Europeu, que reúne os chefes de Estado ou de governo dos países-membros, sua proposta de texto final para o acordo. O importante passo ocorre no mesmo ano em que o presidente dos EUA, Donald Trump, deflagrou uma guerra comercial com a imposição de altas tarifas de importação e pressões variadas inclusive contra países tradicionalmente aliados da Casa Branca.
Caso seja concretizado, o acordo criará a maior zona de comércio livre do mundo, abrangendo um mercado de mais de 700 milhões de consumidores, e estreitará as relações entre dois blocos formados por países democráticos.
Para facilitar a aprovação, o acordo foi separado em duas partes, uma comercial e outra mais abrangente onde estão provisões sobre meio ambiente, direitos humanos e regulação digital, entre outros temas.
Do lado da UE, a parte comercial precisa ser aprovada no Conselho por uma maioria de 15 dos 27 países, que representem pelo menos 65% da população do bloco, e depois por uma maioria simples no Parlamento Europeu. A parte política precisará ser aprovada também pelos Parlamentos de cada país do bloco.