Em nota oficial divulgada pelo Consórcio EcoTeresina, responsável pela coleta de lixo e limpeza urbana da capital, acusou a Prefeitura de Teresina de acumular uma dívida de aproximadamente R$ 30 milhões. O documento alerta que a inadimplência e os sucessivos atrasos nos pagamentos são as principais causas dos transtornos enfrentados pela população, como paralisações parciais e acúmulo de lixo em vários bairros. Entretanto, o Prefeito Silvio Mendes contesta, dizendo não haver qualquer débito.
Segundo o consórcio, mesmo com decisões judiciais determinando o pagamento de valores devidos — referentes a serviços prestados desde dezembro de 2024 — a gestão municipal, por meio da ETURB, teria ignorado os acordos e continuado a aplicar descontos considerados arbitrários nos repasses. De acordo com a nota, só entre janeiro e junho de 2025 foram registradas exclusões e glosas de valores que somam grande parte do débito total.
A empresa afirma que mais de 3 mil trabalhadores diretos e indiretos dependem da operação e que a falta de pagamento impacta salários, contratos com fornecedores, locação de caminhões e compra de insumos básicos. Além disso, o consórcio aponta que a paralisação parcial registrada nesta segunda-feira é consequência direta da falta de recursos, agravada pela quebra de acordos judiciais.
Para o Consórcio EcoTeresina, o objetivo da Prefeitura seria criar uma narrativa para justificar a troca de prestadora de serviço, descredibilizando o trabalho da atual empresa. Ainda segundo a nota, mesmo em meio à crise, a Recicle, empresa que integra o consórcio, garante que seguirá priorizando o pagamento de funcionários e a continuidade do serviço, reforçando que seu compromisso é com a cidade, e não com disputas políticas.
Por fim, o consórcio pede compreensão da população e cobra que a gestão municipal cumpra suas obrigações para que a limpeza urbana de Teresina volte à normalidade.