O Suriname, pequeno país localizado na costa norte da América do Sul, tem atraído a atenção da indústria petrolífera global. Após o sucesso da Guiana na exploração de petróleo offshore, o Suriname se destaca com descobertas promissoras que podem colocá-lo no mapa das grandes potências petrolíferas.

A importância dessa descoberta vai além da economia local. Analistas apontam que a expansão da exploração de hidrocarbonetos no Suriname pode redefinir a geopolítica energética da América do Sul, atraindo investimentos internacionais e criando novas oportunidades de emprego, tecnologia e infraestrutura. Essa perspectiva coloca o país em uma posição estratégica, competindo diretamente com outras nações sul-americanas no setor petrolífero.
Suriname: país sul-americano que deve se tornar a próxima potência petrolífera
Após o sucesso da Guiana, que se destacou nos últimos anos como uma região promissora para a extração de petróleo, o Suriname se posiciona como o próximo foco da indústria global. Pequeno país localizado na costa norte da América do Sul, o Suriname combina potencial geológico promissor com a abertura para investimentos internacionais. Empresas globais enxergam oportunidades em blocos exploratórios offshore que podem gerar mais de 200 mil barris por dia.
O país apresenta uma economia em crescimento, e o setor petrolífero pode impulsionar ainda mais seu desenvolvimento, atraindo empregos, tecnologia e investimentos bilionários. Analistas indicam que a descoberta e exploração de petróleo em larga escala transformariam a posição estratégica do Suriname no continente.
Descobertas de hidrocarbonetos: Sapakara South e Krabdagu
Em 2023, a TotalEnergies anunciou resultados positivos da avaliação de poços em Sapakara South e Krabdagu, localizados no Bloco 58, offshore Suriname.
As reservas combinadas são estimadas em cerca de 700 milhões de barris de petróleo recuperáveis. Esse volume coloca o Suriname no radar internacional como um país sul-americano que deve se tornar a próxima potência petrolífera, com potencial para produzir grandes volumes de petróleo em águas profundas.

A produção será realizada por meio de um sistema de poços submarinos conectados a uma unidade flutuante de produção, armazenamento e descarregamento (FPSO), situada a aproximadamente 150 km da costa.
O FPSO terá capacidade para processar até 200 mil barris de petróleo por dia, consolidando a posição do Suriname como um destino estratégico de exploração de petróleo offshore.
Investimentos bilionários e a liderança da TotalEnergies
A TotalEnergies, em parceria com a APA Corporation, lidera o desenvolvimento do projeto no Bloco 58, com investimentos estimados em US$ 9 bilhões. A previsão de início de produção é 2028, após a decisão final de investimento (Final Investment Decision – FID) prevista para o final de 2024, quando serão concluídos os estudos de engenharia detalhados (FEED).
O investimento inclui infraestrutura de poços submarinos, FPSOs modernos, logística de transporte marítimo e treinamento de mão de obra local. Esse aporte financeiro evidencia a confiança das multinacionais na viabilidade econômica e geológica do Suriname, reforçando sua perspectiva de se tornar um país sul-americano que deve se tornar a próxima potência petrolífera.
Parcerias estratégicas na exploração de petróleo offshore
Além da TotalEnergies, outras empresas globais também estão investindo em blocos exploratórios no Suriname. A ExxonMobil, em parceria com a PETRONAS, já confirmou a descoberta de hidrocarbonetos no Bloco 52, enquanto a Petronas iniciou uma campanha de perfuração de três poços exploratórios no mesmo bloco. A Shell planeja perfurar até quatro poços no Bloco 65 a partir do segundo trimestre de 2025. Essas parcerias estratégicas indicam o forte interesse internacional no Suriname e reforçam a importância da exploração de petróleo offshore na região. A combinação de recursos naturais abundantes e tecnologia avançada posiciona o país como um mercado atrativo para novos investimentos e desenvolvimento de infraestrutura energética.

Suriname com potencial geológico comparável à Margem Equatorial Brasileira
O Suriname apresenta semelhanças geológicas com a Margem Equatorial Brasileira, reconhecida por suas vastas reservas de petróleo em águas profundas. Essa semelhança atraiu empresas como a TotalEnergies, que já investiu em blocos exploratórios na Bacia Foz do Amazonas, no Brasil.