A soja é a principal commodity agrícola do Brasil há anos e, na safra 2024/25, deve bater recorde de produção, com 167,9 milhões de toneladas, aumento de 20,1 milhões de toneladas em comparação ao ciclo passado, de acordo com levantamento mais recente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). No entanto, as pragas que afetam as lavouras da oleaginosa têm se desenvolvido em igual proporção. Para combatê-las, a nanotecnologia pode ser uma aliada revolucionária.
Estudos da Embrapa Soja indicam que os percevejos, por exemplo, podem reduzir a produtividade do grão em até 30%, resultando em perdas estimadas em mais de R$ 12 bilhões por temporada. Da mesma forma, nematoides são responsáveis por perdas de uma safra a cada dez, acumulando prejuízos de aproximadamente R$ 374 bilhões ao longo de uma década.
A ferrugem-asiática também está na lista das principais ameaças. Causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, a doença já gerou perdas superiores a R$ 150 bilhões desde sua identificação no país.
As perdas econômicas na cultura da soja proporcionadas por essas pragas ressaltam a importância de estratégias eficazes de manejo.
Pesquisadores membros do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Nanotecnologia para Agricultura Sustentável (INCT NanoAgro) desenvolveram um sistema avançado de liberação de pesticidas utilizando nanopartículas de policaprolactona (PCL) para encapsular o lufenuron, um regulador de crescimento de insetos amplamente usado no combate à lagarta falsa-medideira (Rachiplusia nu).