Na próxima quinta-feira (13), a população de São Luís poderá enfrentar uma greve no transporte público. Após mais um encontro realizado na manhã desta segunda-feira (10), os rodoviários decidiram iniciar uma greve. O sindicato deve respeitar um intervalo de 72 horas antes do início da greve, devido a questões burocráticas.
O presidente do sindicato, Marcelo Brito, reforça que, desde o início das discussões sobre o reajuste salarial e as melhorias nas condições de trabalho, os rodoviários têm se empenhado ao máximo para evitar a paralisação. Foram realizadas quatro reuniões e duas audiências de mediação pelo Ministério Público do Trabalho, mas, infelizmente, os empresários não apresentaram nenhuma proposta concreta até o momento. A última tentativa de acordo ocorreu nesta segunda-feira (10), mas também sem sucesso.
O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (SET) afirma que está tentando entrar em contato com os rodoviários para garantir que a população não fique sem acesso aos transportes públicos em São Luís. A paralisação dos ônibus é resultado de diversas tentativas de mediação que não deram em acordo nenhum, realizadas no Ministério Público do Trabalho, que envolve membros da Procuradoria, Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT), Agência de Mobilidade Urbana e Serviços Públicos (MOB), Sindicato dos Rodoviários e empregadores.
As companhias declararam estar passando por problemas financeiros e argumentaram que não possuem recursos para promover melhorias, buscando apenas preservar as condições atuais, sem progressos para os empregados.
O Sindicato dos Rodoviários aguarda por uma proposta que satisfaça as demandas da classe. A MOB e a Prefeitura informaram que a SMTT está analisando a possibilidade de oferecer algum subsídio ao setor empresarial, porém sem apresentar uma proposta concreta até o momento.
Marcelo Brito destacou que a categoria rodoviária não deseja a greve, mas, diante da falta de propostas por parte dos patrões, não há outra alternativa senão recorrer ao direito legal da paralisação.
O Sindicato reforça ainda que permanece aberto a novas negociações até o último momento. Se os empresários apresentarem uma proposta justa, a greve poderá ser suspensa.
“Estamos à disposição para novas discussões e esperamos que os patrões cumpram sua responsabilidade de apresentar soluções viáveis para os rodoviários.”