Preso desde agosto de 2024, Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras, foi condenado a 29 anos e dois meses de prisão, além de multa.
Os crimes imputados a ele foram corrupção e lavagem de dinheiro.
A condenação ocorreu no âmbito da operação Lava Jato — a ação penal foi proposta em 2020.
Conhecido por ser o “homem do PT” em esquemas ilícitos na Petrobras apurados pela Operação Lava Jato, Renato Duque comandou, entre 2003 e 2012, uma diretoria da estatal que, segundo a força-tarefa, captou cerca de R$ 650 milhões em propinas com empreiteiras investigadas por corrupção.
A 12ª Vara Federal Criminal de Curitiba expediu um mandado de prisão contra Duque, condenado a cumprir 39 anos, dois meses e 20 dias de prisão em regime fechado.
O despacho, assinado pela juíza Carolina Lebbos, lista os crimes de corrupção, associação criminosa e lavagem de dinheiro. O Estadão entrou em contato com o ex-diretor da Petrobras, mas não obteve retorno até a publicação deste texto.
Engenheiro de formação, Renato de Souza Duque nasceu em Cruzeiro, no interior paulista, no dia 29 de setembro de 1955. Entre 2003 e 2012, ele ocupou o cargo de diretor de serviços da Petrobras após ser indicado pelo PT. Duque não firmou acordo de delação premiada, mas chegou a confessar crimes que envolviam integrantes do PT, como o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A pergunta é: Como é ´possível um desvio de 650 milhões da Petrobrás, conhecido pelos assessores próximos do presidente, e o Lula não tomar conhecimento?
