Na manhã desta terça-feira (18), professores da rede municipal de ensino de Teresina se reuniram em frente à Câmara Municipal para protestar contra o Projeto de Lei enviado pela Prefeitura que propõe um reajuste salarial de 6,5%. O movimento tem como objetivo pressionar os vereadores e garantirem um aumento maior para a categoria.
O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teresina (Sindserm) reivindica um reajuste de 22,5%, justificando que esse percentual corresponde à defasagem acumulada desde 2022. O presidente do sindicato, Sinésio Soares, argumentou que a correção salarial deve seguir determinações do Tribunal de Contas. “O que estamos pleiteando é o cumprimento de uma decisão do Tribunal de Contas. Houve reajustes que não foram aplicados corretamente, e precisamos corrigir essa distorção. O próprio vereador Ismael Silva, que é professor de Direito Constitucional, votou duas vezes a favor desse reajuste desde 2022”, afirmou Sinésio.
O debate também repercutiu no plenário da Câmara. O líder do governo na Casa, vereador Bruno Vilarinho (PRD), defendeu a proposta da Prefeitura e destacou os desafios financeiros do Município. “O vereador Ismael sempre esteve aberto ao diálogo e busca o melhor para os servidores. A Prefeitura tem o compromisso de valorizar os profissionais, mas precisa agir com responsabilidade fiscal. O reajuste de 6,5% é o que as condições orçamentárias atuais permitem”, justificou.
Diante da falta de consenso, os professores decidiram entrar em estado de greve como forma de pressão ao Executivo Municipal. O Projeto de Lei que trata do reajuste começou a tramitar nas comissões da Câmara e deve ser votado nos próximos dias.