Enquanto profissionais da saúde lutam por recomposição salarial e escutam da Prefeitura de Parnaíba que “não há recursos” para atender suas demandas, identificamos no mural de licitações do TCE um gasto que deixa qualquer cidadão indignado: R$ 13.794.174,44 (treze milhões, setecentos e noventa e quatro mil, cento e setenta e quatro reais e quarenta e quatro centavos.) foram reservados no Pregão Nº 38/2025 para a futura e eventual aquisição de máquinas e aparelhos domésticos para diversas secretarias municipais. A previsão é atender, ao longo de 12 meses, seis órgãos da administração pública, incluindo Saúde, Educação e Assistência Social. Mas o que o povo quer saber é: quais são esses equipamentos que justificam tamanho gasto enquanto faltam insumos básicos nas UBSs?
A Prefeitura deve explicar ao cidadão:
Que tipo de aparelhos domésticos custam quase R$ 14 milhões?
Como justificar essa prioridade diante da recusa em conceder o reajuste a servidores da saúde?
Há critérios técnicos claros para a distribuição e uso desses bens?
A falta de transparência no detalhamento dos itens licitados planta dúvidas legítimas: são geladeiras? Ar-condicionados? Máquinas de lavar? Fogões? Freezers? Quantos? Para onde irão?
A incoerência entre o discurso de escassez para os salários e a fartura para aquisições genéricas exige resposta imediata da gestão.
Fonte: tribunadeparnaiba.com