Aliados de Lula tentam empurrar o caso para o governo Jair Bolsonaro, mas os indícios revelados até agora pela CGU apontam para outra direção.
A Operação Sem Desconto, que investiga descontos não autorizados em pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), abriu um novo flanco de disputa em Brasília: quem é o responsável pela crise que afetou os aposentados brasileiros?
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, deixou claro, desde o primeiro momento, que o governo Lula pretendia tratar a questão como uma vitória, ao dizer que “o papel da Polícia Federal é um papel de polícia de Estado, absolutamente republicana e [que] investiga o que for necessário, doa a quem doer, inclusive cortando na própria carne se for preciso“.
Apesar da relutância do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (à esquerda na foto), o governo demitiu Alessandro Stefanutto (à direita na foto) do comando do INSS, para não demonstrar leniência com suspeitas de corrupção, e os governistas têm tentado empurrar a responsabilidade pelos desvios de dinheiro dos aposentados para o governo Jair Bolsonaro.
Só que eles esquecem que o então presidente Jair Bolsonaro editou uma medida provisória (MP 873) que mudou as regras da contribuição sindical paga pelos trabalhadores. O texto publicado em edição extra do Diário Oficial no dia 1º de março de 2019, proibia os sindicatos descontarem qualquer quantia dos salários dos trabalhadores. Nesse então houve uma gritaria dos sindicatos que praticamente sumiram.
Ou seja, querer culpar o Bolsonaro é mais uma saída que “não lhes pertence” .