Mais de dois anos depois da sua morte, o nome do filósofo Olavo de Carvalho voltou a ser citado em uma investigação criminal. Em documentos obtidos pela Polícia Federal e anexados ao inquérito que apura um suposto golpe de Estado, o nome do filósofo é citado como ‘guru’ de uma organização criminosa.
A referência aparece em uma publicação no Instagram feita pelo jurista Amauri Feres Saad, em 25 de janeiro de 2022, dia da morte de Olavo. Na imagem, o pensador aparece com um dos livros do advogado em mãos.
Para investigadores, a influência das ideias do filósofo Olavo de Carvalho foi estruturante para suposta ORCRIM
Segundo os investigadores, a influência de suas ideias teria sido um dos elementos estruturantes do grupo acusado de promover os supostos ataques às instituições democráticas.
Nesta quarta-feira, 18, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou o sigilo do acordo de delação do tenente-coronel Mauro Cid. Cid atuou como ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro nos quatro anos de governo.
De acordo com a delação de Cid, Amauri Feres Saad é citado como um jurista cujas ideias teriam influenciado grupos investigados por tentativas de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Ele escreveu sobre o artigo 142 da Constituição, tese utilizada por apoiadores do ex-presidente Bolsonaro para defender um suposto golpe de Estado.