Entre tantas variações da raça Nelore, uma delas chama atenção até de quem não entende nada de gado: o Nelore Pintado. De origem indiana, ele se transformou em um verdadeiro cartão-postal da pecuária brasileira, porque combina rusticidade, produtividade e a beleza inconfundível da pelagem manchada, que mais parece pintura sobre tela viva.

O peso da imponência
Não é exagero dizer que o Nelore Pintado carrega o campo nas costas. Afinal, os touros chegam a bater 1.100 quilos, enquanto as vacas alcançam respeitáveis 650 quilos. Além disso, a carcaça é alongada, firme, e o porte, sempre imponente. Com manchas pretas ou vermelhas sobre fundo branco, o rebanho parece até desfilar passarela a céu aberto, embora esteja em plena pastagem.
Adaptação que vale ouro
Por um lado, o gado mostra rusticidade. Por outro, entrega refinamento. Resistente ao calor tropical, aos parasitas e às intempéries, o Pintado se adapta como quem já nasceu para o desafio. Dessa forma, garante boa conversão alimentar e, ao mesmo tempo, oferece carne de qualidade. Não à toa, os leilões de Nelore Pintado movimentam cifras milionárias, já que refletem o valor genético conquistado pela variedade ao longo das décadas.