Enquanto facções criminosas incrustadas nas comunidades do Rio de Janeiro (RJ) movimentam cifras milionárias com o tráfico de drogas e travam batalhas sangrentas com as milícias pelo domínio territorial, os grupos paramilitares, formados por ex-policiais, estipulam uma série de diretrizes dentro de suas “quebradas”.
Rentável, a venda de cigarros falsificados se tornou um dos principais braços financeiros dos milicianos. Para moradores que comprarem outra marca que não seja a vendida pela milícia, por exemplo, a morte pode ser a punição.
Quando começaram a avançar pelo controle das comunidades em pontos estratégicos, antes chefiados pelo Comando Vermelho (CV), os milicianos passaram a explorar, de forma ilegal, a venda de gás de cozinha e o transporte alternativo.
Com isso, os grupos armados cresceram e se tornaram organizações criminosas estruturadas, com dinâmicas próprias e um único objetivo: o lucro voltado para a prestação de serviços atrelada a ameaças e extorsões.