O tenente-coronel Mauro Cid e o general Walter Braga Netto vão ficar cara a cara nesta terça-feira (24), no Supremo Tribunal Federal (STF), em uma acareação para esclarecer versões contraditórias em seus depoimentos no âmbito da ação que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado.
O procedimento será realizado a portas fechadas na sala de audiências do STF, com a presença apenas dos acareados, seus advogados, do ministro Alexandre de Moraes — relator da ação penal do golpe — e da Procuradoria-Geral da República (PGR).
No mesmo dia, também está marcada a acareação entre Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e réu no processo, e o general Freire Gomes, ex-comandante do Exército e testemunha na ação penal.
A acareação é um procedimento em que as partes envolvidas apresentam suas versões dos fatos frente a frente, com o objetivo de esclarecer a verdade.
Segundo o ministro Alexandre de Moraes, tanto nas acareações quanto nos interrogatórios, o réu tem o direito de não se autoincriminar, ou seja, não é obrigado a dizer a verdade. Já a testemunha possui o dever legal de falar a verdade.