Manchas no mar de Fortaleza: o que pode estar sujando a água?

Fortaleza

Marcas escuras apareceram em dois pontos da orla da capital cearense após chuva que banhou pelo menos 27 cidades do Ceará entre sábado (28) e domingo (29). Esse é um problema recorrente para a Cidade

Manchas escuras voltaram a tomar parte das águas da orla de Fortaleza. Vídeos capturados no domingo (29) circularam nas redes sociais e mostram a foz do Riacho Maceió e o trecho ao lado do Espigão do Náutico com uma água preta saída das galerias pluviais que deságuam nas regiões, após a chuva ao longo da noite anterior e da madrugada. O problema reacende o debate sobre quem é o responsável e o que pode ser feito para resolvê-lo.

As impurezas já atingiram outros pontos da orla, em anos anteriores, e foi motivo de disputa política entre a Prefeitura de Fortaleza e o Governo do Ceará nos últimos anos. Agora, com as gestões alinhadas politicamente, Evandro Leitão (PT) aposta em “dar as mãos” em busca de uma solução. Nos casos do último fim de semana, o Município afirma que “não necessariamente” se trata de esgoto e que será feita análise da qualidade da água das galerias pluviais que escoam para as regiões até esta sexta-feira (4).

“Eu tomei conhecimento dessa situação ontem (domingo) e hoje de manhã já entrei em contato com a Cagece para que a gente possa fazer um estudo, uma avaliação dos imóveis que estão localizados naquela região da Beira Mar, para que, o quanto antes, a gente possa estar solucionando”, afirmou o prefeito.

O gestor municipal afirmou que a população “tem toda a razão de reclamar” e os executivos municipal e estadual estão “de mãos dadas” para solucionar o problema. “Se a situação for da Prefeitura de Fortaleza, eu vou colocar uma força-tarefa para que possamos resolver essas manchas o quanto antes, porque a população não pode ser prejudicada na sua saúde”, afirmou.

De acordo com a Agência de Fiscalização de Fortaleza (Agefis), a água escura registrada no mar, na altura do Parque Arquiteto Otacílio Teixeira Neto — o Parque Bisão — e próxima ao Espigão do Náutico está relacionada “ao arraste de sedimentos, areia, entre outros resíduos levados pelas galerias pluviais em períodos de chuvas intensas”. Segundo a Pasta, trata-se de material acumulado nas ruas da Cidade que é carregado pela força da água até os pontos de deságue na praia, “não necessariamente se configurando como lançamento de esgoto”.

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