O fim deste domingo (15) marcou o terceiro dia consecutivo de trocas de ataques aéreos entre Israel e Irã, iniciadas por forças israelenses sob a justificativa de conter um possível avanço do programa nuclear iraniano.
Com uma chuva de mísseis atingindo diversas regiões do Irã, o Ministério da Saúde do país informou que, até o momento, 224 pessoas morreram e cerca de 1.200 ficaram feridas. Há relatos de desaparecidos na capital, Teerã.
Do lado israelense, apesar do forte sistema de defesa, os ataques iranianos atingiram algumas áreas. Moradores de Tel Aviv, Jerusalém e Haifa foram orientados a buscar abrigo. Até agora, 13 mortes foram confirmadas em território israelense, enquanto as autoridades seguem em busca de sobreviventes.
Neste domingo (15), o chefe de Inteligência da Guarda Revolucionária do Irã e outros dois oficiais da organização morreram.
Eles se juntam a outros oito militares de patente alta que também foram abatidos nos primeiros dias de conflito, além de outros dois cientistas nucleares, de acordo com a Guarda Revolucionária do Irã.
Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump vetou um plano apresentado por Israel aos EUA para matar o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, de acordo com uma autoridade americana familiarizada com o assunto. Os israelenses informaram ao governo Trump nos últimos dias que haviam desenvolvido um plano confiável para matar Khamenei.
Após ser informada sobre o plano, a Casa Branca deixou claro às autoridades israelenses que Trump era contra a iniciativa dos israelenses. A fonte que confirmou a informação à Associated Press sob a condição de anonimato.
O governo Trump tenta impedir que a operação militar de Israel, que visa acabar com o programa nuclear do Irã, exploda em um conflito ainda mais amplo.
Questionado sobre o plano de matar Khamenei, durante uma entrevista ao programa “Special Report with Bret Baier” do canal Fox News, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, não respondeu diretamente se a Casa Branca rejeitou o plano.
“Posso dizer que acho que faremos o que for preciso, faremos o que for preciso. E acho que os Estados Unidos sabem o que é bom para os Estados Unidos”, disse Netanyahu.
Netanyahu também disse que a mudança de regime “certamente poderia ser o resultado” do conflito “porque o regime iraniano é muito fraco”.