A hipótese de uma ligação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o republicano Donald Trump começa a ser avaliada por integrantes do Executivo e do Legislativo como um recurso capaz de destravar a negociação que busca reduzir as tarifas de 50% anunciadas pelos Estados Unidos e que entram em vigor nesta sexta-feira (1º).
Faltando dois dias para o início da taxação, interlocutores do Palácio do Planalto e ministros do governo avaliam uma estratégia para que o contato telefônico cumpra o papel esperado.
Nos bastidores, comenta-se que Lula estaria disposto a realizar a ligação desde que o próprio Trump atenda. Entretanto, em declarações públicas, membros do governo alertaram para a necessidade de cautela na abordagem.
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou que o diálogo entre chefes de Estado não pode ser tratado como “telemarketing”. Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ressaltou que a negociação não pode ser marcada por “viralatismo” ou subserviência do Brasil. Lula começa a ceder, mostrando temor quanto ao procedimento dos americanos. Alguns assessores de Trump alegam que a inciativa pode criar dificuldades até para a própria economia americana.