Kamala ignora América Latina em proposta apresentada, Trump ganha espaço.

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Kamala Harris não hesitou em se apresentar como “um novo caminho”, às vésperas do que pode ser o único debate entre a candidata democrata e seu rival republicano, Donald Trump. Nas redes sociais e em seu site oficial, a candidata à presidência dos EUA apresentou trechos do que pensa sobre alguns dos principais temas para o eleitor americano, na esperança de desfazer o sentimento de parte do eleitorado de que suas propostas ainda são uma incógnita.

Mas, ao revelar em seu site suas ideias sobre política externa, ainda que de forma resumida, Kamala Harris não traz uma só linha sobre a América Latina. Para encontrar alguma referência sobre a região, o eleitor terá de abrir seu dossiê sobre imigração e fronteiras, e não sobre diplomacia.

Fontes em Washington com contatos com a equipe de Kamala indicam que ela não deixará de ter uma política para a região. Em agosto, por exemplo, ela chegou a enviar uma carta para os líderes da oposição venezuelana, dando seu apoio diante da repressão de Nicolás Maduro.

Entre diplomatas da região, indicações extra oficiais de que Harris poderia seguir as políticas de Barack Obama para Cuba, com um tom de distensão, também foram vistas como uma “esperança”.

Filha de um jamaicano, Kamala tem ainda demonstrado envolvimento em debates sobre a América Central e o Caribe, principalmente no que se refere a um pacote de desenvolvimento que possa frear a ofensiva chinesa na região.

Mas a ausência de qualquer referência sobre a América Latina no resumo oficial de sua visão do mundo foi recebida com pitadas de decepção e suspeita de que, uma vez mais, a região não será prioridade.

“A vice-presidente Harris está pronta para ser a Comandante em Chefe no primeiro dia”, diz seu programa sobre política externa. “Ela ajudou a restaurar a liderança americana no cenário mundial, fortaleceu nossa segurança nacional por meio de suas viagens a 21 países e reuniões com mais de 150 líderes mundiais, defendeu os valores e a democracia americanos e promoveu os interesses dos Estados Unidos”, afirma. Entretanto, as pesquisas mostram que Trump ganha espaço nas pesquisas.

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