Israel aprova plano para ocupar Gaza e intensificar ofensiva contra o Hamas

Guerra

Em uma movimentação considerada decisiva, o gabinete de segurança de Israel, liderado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, autorizou formalmente nesta sexta-feira (8) um plano para assumir o controle de Gaza como parte de uma ofensiva mais ampla contra o Hamas.

A estratégia, conhecida como os “cinco princípios para encerrar a guerra”, envolve:

  • A desmilitarização da área;
  • A desarticulação da infraestrutura do Hamas;
  • O estabelecimento de uma zona de segurança israelense;
  • O resgate de todos os reféns, vivos ou mortos;
  • A implementação de uma nova administração civil, sem a participação do Hamas ou da Autoridade Palestina

Antes da reunião, iniciada na noite de quinta-feira (7) e que se estendeu até a madrugada, Netanyahu havia declarado que a intenção de Israel era retomar todo o território, remover o Hamas e, posteriormente, transferir a administração para forças árabes aliadas que se opõem ao grupo.

No entanto, segundo a imprensa israelense, a decisão final foi menos abrangente, possivelmente em razão de alertas do chefe das Forças de Defesa de Israel, general Eyal Zamir, que teria advertido que uma ocupação total colocaria em risco os cerca de 20 reféns ainda vivos e sobrecarregaria o exército após quase dois anos de conflitos regionais.

De acordo com o canal israelense Channel 12, o plano aprovado prevê uma operação em duas fases para conquistar Gaza. Estaria incluída a evacuação temporária de cerca de 1 milhão de habitantes — metade da população da Faixa — para permitir a criação de infraestrutura civil no centro do território. A proposta foi apresentada como uma ação limitada, evitando a caracterização de invasão total, o que atenderia às preocupações de comandantes militares contrários a uma ocupação prolongada.

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