É uma discussão que todo ano reaparece na Alemanha. Nas semanas que antecedem o início do horário de verão, jornais publicam reportagens questionando a utilidade da medida, médicos apontam supostos malefícios à saúde, defensores e adversários expõem suas posições. Neste ano, o horário de verão na Alemanha teve início em 31 de março e deve vigorar até 27 de outubro.
No Brasil, tais discussões anuais sobre a eficácia e supostos malefícios da medida eram comuns até 2019, até que o horário de verão foi extinto durante o primeiro ano do governo Jair Bolsonaro. Agora, em meio à severa seca que atinge o país, o governo Lula está debatendo a volta do horário de verão para economizar energia e compensar a baixa dos reservatórios das usinas hidrelétricas.
Se seguir esse caminho, o Brasil estará indo na contramão de boa parte do mundo. Ao invés de investir na energia solar, oriunda deste ícone que nos pertence e maximizar resultados, não. O Brasil prefere taxar as placas solares, os carros elétricos e os sistemas de produção de energias limpas.
Nos últimos anos, foi mais corriqueiro que nações abandonassem a medida, que fez sua estreia mundial na Alemanha em 1916.
Hoje, no Hemisfério Sul, apenas o Chile, Paraguai, Nova Zelândia, Fiji e partes da Austrália continuam persistindo no horário de verão. Já no Hemisfério Norte, o abandono tem sido mais comum, com países como Rússia, Armênia, Turquia e Belarus extinguindo a troca anual de horário nos anos 2010.