Haddad defende pacote fiscal, nega alta de preços e rebate críticas. Parar de gastar, não!

Economia

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou nesta quinta-feira (12) que a decisão do governo federal de cobrar Imposto de Renda sobre os títulos públicos ligados ao agronegócio e à construção civil (LCAs e LCIs, hoje isentas) vá impactar os preços nos setores.

Nesta quarta (11), o governo publicou um novo pacote de medidas tributárias para substituir o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) decretado em maio.

  • Entre as medidas, está a cobrança de 5% de Imposto de Renda nesses títulos públicos (LCI e LCA), no momento do resgate.
  • O dinheiro que os bancos arrecadam com esses títulos é usado para irrigar os empréstimos tomados por produtores rurais e por construtoras. Por isso, os dois setores reclamaram da mudança – há um medo de que a taxação deixe esse crédito mais caro.
  • Em momento algum apontou intenções de redução de gastos. Enxugamento de cargos comissionados, redução de verbas parlamentares e penduricalhos do judiciário, etc.

“Não vai [impactar preços], absolutamente não. Porque eu tenho outras maneiras de canalizar esse recursos – que inclusive, não estão chegando no produtor. Não é verdade que estão chegando, mais da metade desse subsídio está ficando no meio do caminho”, afirmou.

“Não vai afetar minimamente, o que está afetando o mercado é a taxa Selic. Nós temos que criar as condições para ela começar a cair, e esse conjunto de medidas ajuda a criar o ambiente econômico”.

Segundo Haddad, o governo tem “outras maneiras de compensar” os dois setores.

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