A Instituição Fiscal Independente (IFI) prevê que o governo federal encerrará 2025 com um déficit primário de R$ 64,2 bilhões. Apesar do número expressivo, a entidade considera que a meta de déficit zero será formalmente atingida, graças a mecanismos que ficam fora do cálculo tradicional, como o pagamento de precatórios.
As estimativas constam no Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF) de abril, divulgado nesta quarta-feira (16), e revelam um cenário fiscal ainda mais desafiador para 2026.
Segundo o documento, o resultado primário poderá atingir um rombo de R$ 128 bilhões, o que exigirá um esforço de R$ 72 bilhões por parte do governo para alcançar a meta de superávit de 0,25% do PIB.
O relatório também aponta uma deterioração no desempenho das receitas públicas, especialmente diante da resistência da inflação, que pode chegar a 5,5% em 2025 e recuar para 4,4% em 2026. O comportamento dos preços pressiona a economia e dificulta o ajuste fiscal pretendido pela atual gestão.