Governador vistoria obras de escola indígena em Crateús

Ceará

O governador Elmano de Freitas vistoriou, na manhã deste sábado (28), as obras de reconstrução da Escola Indígena Kariri Tabajaras. Localizada no bairro Maratoan, em Crateús, as obras estão com cerca de 70% de execução. O gestor estadual foi acompanhado pela prefeita de Crateús, Janaína Farias, durante a vistoria da obra.

O governador ressaltou a importância desse espaço para os estudantes indígenas da região. “Este é um momento muito importante, este é um projeto muito importante. Esta é uma escola estadual que tem um toré, eu acho isso muito simbólico e muito importante, porque se um dia se disse que não tinham povos indígenas no Ceará, agora tem povo indígena sim, tem escola indígena e tem toré na escola indígena”, enfatizou Elmano de Freitas.

“Aqui, portanto, é um momento muito importante para a reafirmação da luta do povo indígena cearense. Esta escola vem para respeitar a cultura indígena, a transmissão cultural desses povos”, afirmou o gestor estadual. A obra tem previsão de entrega para novembro de 2025.

O investimento é de mais de R$ 9,5 milhões. O diretor da escola, Lucas Kariri, destacou o impacto da escola que está sendo construída para toda a comunidade.

Quando construímos uma escola nós demarcamos essa terra. Nós demarcamos essa terra com educação, com preservação ambiental, com a nossa alegria e ancestralidade”, enfatizou Lucas. “E não podemos parar por aqui, temos que trazer cada vez mais essas escolas indígenas para a nossa realidade”, completou.

Liderança jovem indígena e auxiliar administrativo da escola, Renarê Kariri relembrou que a luta pelo espaço já tem muito anos. “Hoje, à espera da conclusão da obra, estamos em um prédio alugado pelo Estado, onde reafirmamos a nossa cultura e nossa intensidade. No entanto, essa escola começou em uma casinha pequena. Esse prédio novo é resultado da nossa luta de anos”, pontuou Renarê.

A escola vai atender até 400 crianças e jovens indígenas das etnias Kariri, Tabajara, Kalabaça, Tupinambá, Potyguara, Jenipapo-Kanindê e Guarani. “A nossa luta não para. Então, ter esse espaço para a gente é uma vitória, são frutos que estamos colhendo. Um sonho concretizado, um reconhecimento pela luta dos povos indígenas da nossa região, aqui de Crateús”, finalizou.

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