Manoel Mariano de Sousa Filho, o “Júnior do Nenzim”, foi condenado nesta quinta-feira (22) a 16 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato do próprio pai, o ex-prefeito de Barra do Corda, Manoel Mariano de Sousa (“Nenzim”), ocorrido em dezembro de 2017. A decisão, proferida pelo Tribunal do Júri no Fórum Desembargador Sarney Costa, em São Luís, não permitiu a ele recorrer em liberdade, e o réu foi encaminhado ao Complexo Penitenciário de Pedrinhas.
O júri popular durou quase um dia inteiro e se estendeu até 1h30 da madrugada, quando sete jurados decidiram pela condenação. O Ministério Público do Maranhão apresentou provas de que o disparo fatal foi dado a uma distância mínima de cerca de 20 cm, num contexto de conflito familiar motivado por desvio de gado da propriedade da vítima para saldar dívidas de agiotas. Em plenário, o promotor Raimundo Benedito afirmou: “Só estavam os dois lá [na cena do crime], o pai e o filho, e ele disse que não viu ninguém chegando perto – logicamente isso é impossível”.
O crime aconteceu na manhã do dia 06 de dezembro de 2017, quando ‘Nenzim’ foi assassinado com um tiro no pescoço, na zona rural de Barra do Corda, a 341 km de São Luís.
Júnior do Nenzim foi inicialmente investigado por latrocínio, mas o caso foi reclassificado como homicídio qualificado pelo Ministério Público, que apontou premeditação e motivação patrimonial. A defesa negou irregularidades na apuração e alegou falhas na coleta de provas, mas não conseguiu reverter o veredito.
O vaqueiro Luzivan Rodrigues da Conceição Nunes, co-réu apontado como autor do disparo, teve seu julgamento desmembrado e será submetido a júri popular em 9 de julho.
