O União Brasil e o Progressistas confirmaram nesta segunda-feira, 28, que se unir em uma federação a ser lançada em cerimônia nesta terça, no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, a partir das 15h.
Conjunturalmente, o acordo criará uma potência legislativa e eleitoral. Historicamente, reagrupará legendas cuja genealogia está diretamente ligada à Arena, a Aliança Renovadora Nacional, que deu sustentação política à ditadura militar brasileira de 1965 a 1979. “Essa federação significará um peculiar retorno às origens”, disse o cientista político Claudio Couto, da FGV (Fundação Getulio Vargas) de São Paulo. ““O fato vai além de uma curiosidade, porque remete à gênese da direita partidária brasileira pós-1979”, disse o também cientista político Vitor Sandes, da Universidade Federal do Piauí.
Como informou mais cedo a colunista Marcela Rahal, o tamanho da federação entre PP e União preocupa os demais partidos do campo da centro-direita. Serão 109 deputados, a maior bancada da Câmara, e 14 senadores, liderando o número de parlamentares junto com PL e PSD.
Os presidentes do União Brasil, Antonio Rueda, e do PP, senador Ciro Nogueira (PI), vão dividir a liderança da federação entre os dois partidos até dezembro deste ano.
São outros tempos, outros horizontes… Só o tempo dirá quem vai comandar o cenário político em 2026.