Pesquisadores da Universidade do Sul da Califórnia (USC) descobriram uma nova forma de viabilizar computadores quânticos mais robustos e versáteis, ao incorporar uma partícula até então considerada irrelevante pela física convencional. A inovação pode ser crucial para superar os limites da computação quântica atual, que ainda sofre com fragilidade e erros. O que os pesquisadores descobriram
O “neglecton” emergiu desse lixo matemático como a peça que faltava.
O estudo, publicado na Nature Communications, mostra que ao adicionar um único novo tipo de partícula — batizada de “neglecton” — a sistemas baseados em ânions de Ising, é possível alcançar computação quântica universal apenas com operações de entrelaçamento topológico.
Essas partículas se movem umas ao redor das outras para realizar cálculos quânticos de forma naturalmente resistente a interferências.
Tradicionalmente, os ânions de Ising sozinhos não permitiam um conjunto completo de operações lógicas.
A equipe resolveu essa limitação ao explorar uma estrutura matemática mais ampla chamada TQFT não semissimple, que normalmente descartava objetos com “traço quântico zero” por serem considerados inúteis.