Elon Musk em vias de oferecer ao Brasil internet no celular sem chip. Direto no satélite.

Tecnologia

Starlink lança no Brasil serviço de internet móvel via satélite, com foco em áreas sem cobertura terrestre, deslocamentos e situações de emergência. Anatel ainda não aprovou.

Hoje, a navegação móvel funciona por meio da antena Starlink, que cria uma rede Wi-Fi local para atender celulares e outros dispositivos. A modalidade que conecta o telefone diretamente ao satélite — chamada Direct to Cell — ainda não está disponível comercialmente no mercado brasileiro e depende de autorizações regulatórias e parcerias com operadoras móveis.

Como funciona a mobilidade via satélite no Brasil

Na prática, o serviço móvel da Starlink no país opera por meio do plano Viagem (Roam). O usuário instala o kit com antena e roteador, aponta o equipamento para o céu e cria um sinal Wi-Fi para conectar o celular, mesmo em locais sem infraestrutura terrestre. A lógica é diferente dos serviços tradicionais de celular, que dependem de torres e backhaul em solo.

Ao usar satélites em órbita baixa, a plataforma amplia a cobertura e leva internet a regiões rurais, estradas e áreas costeiras, onde a rede móvel é falha ou inexistente.

O que já está disponível e quanto custa

A Starlink exibe no site brasileiro duas opções de mobilidade. O Viagem 50 GB é indicado para deslocamentos esporádicos e uso individual.

Já o Viagem Ilimitado atende motorhomes, campistas, viajantes e profissionais nômades, sem franquia de dados.

Em 5 de setembro de 2025, a página oficial mostrava o kit padrão com preço promocional de R$ 1.200 até 8 de setembro, além de mensalidades a partir de R$ 315 (50 GB) e R$ 576 (ilimitado).

Esses valores e condições são informados diretamente pela operadora e podem variar conforme a data e a região.

Direct to Cell: o que muda quando chegar

A tecnologia Direct to Cell promete conectar smartphones comuns, compatíveis com padrões LTE, diretamente aos satélites, sem antena extra.

De acordo com a Starlink, o cronograma global prevê mensagens de texto a partir de 2024, dados a partir de 2025 e voz “em breve”, em países com parcerias firmadas com operadoras móveis.

Entre os parceiros listados estão T-Mobile (EUA), One NZ (Nova Zelândia), Rogers (Canadá), KDDI (Japão), Optus e Telstra (Austrália), além da Entel (Chile e Peru). O Brasil não aparece nessa relação até o momento.

E no Brasil, já funciona direto no celular?

Não. A Anatel informou, em 1º de agosto de 2025, que não há acesso à internet da Starlink direto no celular no país e desmentiu boatos de liberação ampla ou gratuita.

A agência explica que a prestação do serviço móvel exige outorga específica e autorizações de radiofrequência.

Sem isso, a conexão direta de smartphones aos satélites não pode operar comercialmente. Assim, usuários brasileiros continuam dependentes do kit Starlink para viabilizar a internet móvel durante deslocamentos.

Benefícios para áreas remotas e em movimento

Mesmo com a exigência do kit, a cobertura satelital amplia o acesso em localidades sem infraestrutura terrestre.

Famílias em zonas rurais e comunidades isoladas ganham conectividade para educação a distância, teletrabalho e serviços públicos digitais.

Em viagens de carro, barco ou motorhome, a possibilidade de manter a navegação reduz as interrupções de comunicação.

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