Elon Musk anunciou que está deixando seu cargo como líder da força-tarefa de corte de gastos do governo de Donald Trump, função que ocupava desde o início de 2025 no Departamento de Eficiência do Governo, apelidado de “DOGE”.
Em publicação no X, Musk agradeceu a oportunidade ao presidente, afirmando que a iniciativa de reduzir desperdícios se tornaria um “modo de vida no governo”. Um oficial da Casa Branca havia informado ao site Semafor que o desligamento de Musk como “funcionário especial do governo” começaria na quinta-feira (28), após ele completar seu limite legal de 130 dias anuais no cargo, contados desde a posse de Trump em 20 de janeiro.
Críticas ao projeto de Trump
O desligamento surge logo após Musk criticar publicamente o projeto de lei chamado por Trump de “grande e lindo”, aprovado na Câmara dos Representantes na última quinta-feira (22).
Em entrevista à CBS, Musk declarou estar ” decepcionado ” com o plano, que prevê a extensão de cortes de impostos sobre renda existentes, novos benefícios para salários de gorjetas e horas extras, além de restrições a programas como Medicaid e vale-alimentação, e financiamento para deportações.
Ele argumentou que a proposta “aumenta o déficit orçamentário, não o reduz” e “mina o trabalho da equipe DOGE “, ironizando: “Acho que um projeto pode ser grande ou bonito. Não sei se pode ser ambos”.
O Escritório Orçamentário do Congresso(CBO), estima que os cortes tributários adicionarão US$ 3,8 trilhões (R$ 19,76 trilhões) ao déficit na próxima década, ponto que frustra conservadores fiscais e Musk.
Questionado sobre as críticas nesta quarta-feira (28), Trump defendeu o custo elevado, citando a estreita margem de votos na Câmara: líderes republicanos só podiam perder dois votos.