Eduardo Bolsonaro condiciona fim de tarifa (50%) dos EUA à anistia dos patriotas

Política

Deputado licenciado chama Brasil de “ditadura”, critica Moraes e afirma que sem anistia país terá eleição “sem oposição” em 2026. Ou seja, Eduardo pede o fim das narrativas sem fundamento.

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) defendeu nesta quinta-feira (11) a concessão de uma “anistia ampla, geral e irrestrita” a aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como condição para reverter o tarifaço imposto pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros.

A medida foi anunciada na quarta-feira (9) pelo presidente norte-americano Donald Trump como resposta à condução judicial de investigações contra Bolsonaro, a quem considera vítima de perseguição política.

A nova tarifa, que eleva para 50% a taxação sobre exportações brasileiras aos EUA, foi apelidada por Eduardo de “Tarifa-Moraes”, em referência ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do inquérito que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado por parte do ex-presidente.

Para o deputado, retirar a “Tarifa-Moraes” agora significa:

  • “Sem oposição na eleição de 2026;
  • Esquerda eternamente no poder, pois eleição de 2026 será mais ditatorial do que a de 2022 (e sem sequer aparecer nas urnas);
  • Jair Bolsonaro preso até morrer;
  • Moraes voltando, como sempre, dobrando a perseguição;
  • Redes sociais com mais censura do que a China;
  • Velhinhas presas seguindo o rito “sui generis” de progressão de regime igual ao do Dep. Daniel Silveira.”

Para o deputado, a anistia é um “primeiro passo” necessário para que o Brasil retorne a um regime democrático.

“Qualquer tentativa de acordo sem um primeiro passo do regime em direção a uma democracia será interpretado como mais um acordo caracu, pois isso já foi exaustivamente tentado no passado – e os americanos também já conhecem essas histórias.”, escreveu nas redes sociais.

As declarações de Eduardo ocorrem na esteira de um movimento público do presidente dos Estados Unidos em defesa de Bolsonaro. Em carta enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Trump classificou como “vergonhoso” o tratamento que o ex-mandatário brasileiro vem recebendo da Justiça.

Eduardo endossou o discurso do aliado internacional.

“O único fato em favor da liberdade nos últimos anos foi a ação forte de Donald Trump, antes disso foi só censura, prisões e regulamentação das redes sociais – e acordos caracu. Não mais.”, escreveu.

As declarações de Eduardo ocorrem enquanto ele é investigado pela Polícia Federal por suposta obstrução de Justiça, com foco em sua atuação nos Estados Unidos.

O ministro Alexandre de Moraes atendeu, na última terça-feira (8), a um pedido da corporação e prorrogou por mais 60 dias o prazo para a conclusão do inquérito.

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