Duas advogadas presas em Fortaleza por aplicarem golpes contra idosos

Ceará

Duas advogadas e o marido de uma delas foram presos em Fortaleza, nesta terça-feira (22), na Operação Entre Lobos, deflagrada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), com apoio do MP do Ceará. O trio é suspeito de integrar uma organização criminosa interestadual que aplicava golpes contra idosos, em vários estados brasileiros. Uma empresa de fachada sediada em Fortaleza faturou mais de R$ 4,6 milhões com o esquema criminoso.

Ao total, são cumpridos 13 mandados de prisão e 35 mandados de busca e apreensão, nos estados de Santa Catarina, Ceará, Rio Grande do Sul, Bahia e Alagoas, além da apreensão de 25 veículos e do bloqueio bancário de R$ 32 milhões, na Operação. As polícias Civil e Militar e a Perícia Forense também colaboraram com a operação.

Na capital cearense, o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), do MPCE, cumpriu três mandados de prisão e oito mandados de busca e apreensão, contra as duas advogadas e o marido de uma delas. Também foram cumpridas ordens judiciais em três escritórios de advocacia e duas empresas. A identidade dos investigados não foi divulgada.

Segundo o MPCE, a Operação Entre Lobos “visa aprofundar a investigação sobre uma complexa organização criminosa que, de forma estruturada e reiterada, estaria praticando crimes de estelionato contra idosos e pessoas em situação de vulnerabilidade, além da prática de organização criminosa, patrocínio infiel e lavagem de dinheiro. Os mandados judiciais e os sequestros de bens foram determinados pelo Poder Judiciário”.

Os investigadores identificaram que a organização criminosa atuava principalmente em quatro estados: Santa Catarina, Ceará, Alagoas e Rio Grande do Sul. Porém, um escritório investigado declarou atuação no Paraná e planos de expansão para São Paulo e demais estados brasileiros.

O MPCE orienta que “pessoas que se identificarem como vítimas do esquema devem procurar a Delegacia de Polícia Civil mais próxima para registrar um boletim de ocorrência, o qual será posteriormente encaminhado ao Ministério Público para as providências cabíveis”.

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