Documento destaca que a estrutura de poder centralizada na China aumenta a corrupção

Curiosidades

Um relatório da inteligência dos Estados Unidos aponta que familiares do presidente chinês Xi Jinping continuam a gerenciar milhões de dólares em investimentos e interesses comerciais, levantando suspeitas de que possam ter se beneficiado da posição de Xi, apesar da rígida campanha anticorrupção iniciada na China há mais de uma década.

A investigação foi conduzida pelo Escritório do Diretor de Inteligência Nacional (ODNI, na sigla em inglês) e sugere que parentes do líder chinês mantêm participações financeiras significativas, possivelmente impulsionadas por conexões políticas em empresas privadas e estatais.

O relatório, divulgado em 20 de março, afirma que dirigentes importantes do Partido Comunista Chinês (PCC) podem ter tido acesso a informações privilegiadas, favorecendo investimentos familiares.

Poder centralizado e corrupção

O documento destaca que a estrutura de poder centralizada na China, aliada à falta de supervisão independente e à responsabilização mínima, especialmente nos governos provinciais, cria um ambiente propício para a corrupção.

“A corrupção é uma característica endêmica e um desafio para a China, sendo viabilizada por um sistema político em que o poder está altamente centralizado nas mãos do Partido Comunista Chinês (PCC), por um conceito de Estado de Direito centrado no PCC, pela ausência de mecanismos independentes de controle sobre os funcionários públicos e pela transparência limitada”, diz o documento.

Segundo a análise, funcionários públicos no país podem acumular riqueza pessoal por meio de práticas ilícitas em uma taxa estimada entre quatro e seis vezes seus salários oficiais.

Entre os mecanismos que favorecem o enriquecimento está a filiação ao Congresso Nacional do Povo da China (NPC), o órgão legislativo do país. O relatório aponta que a posição no NPC, frequentemente vista como um símbolo de status, permite acesso a informações governamentais sensíveis. Esse cenário incentiva a compra de influência por meio de subornos e a obtenção de vantagens financeiras mesmo após o término do mandato.

Que nos sirva de exemplo. Aqui no Brasil têm que ser investigados os poderes dos filhos do presidente, bilionários em pouco tempo.

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