A Casa dos Ventos comprou, recentemente, um projeto eólico na Serra da Ibiapaba por R$ 100 milhões e mira outras oportunidades no Ceará e no Piauí, além de algumas regiões na Bahia e no Rio Grande do Norte. O empreendimento adquirido pertencia à empresa Engeform Energia, tem 350 megawatts (MW) de potência e deve compor um complexo de 600 MW de capacidade instalada, voltado para atender novos mercados, como o projeto de data center que deve ser instalado no Complexo do Pecém.
“Essas localidades estão em análise para possíveis projetos futuros, alinhados à nossa estratégia de expansão sustentável”, informou a empresa por meio de nota. Questionada sobre a escolha deste projeto para compra, a Casa dos Ventos afirma ter identificado “uma oportunidade estratégica alinhada às suas demandas de expansão, considerando especialmente o crescimento do setor de Data Centers no Brasil”.
Já sobre a localização, na Serra da Ibiapaba, a empresa destaca um foco voltado para o desenvolvimento estratégico de projetos que atendam a oportunidades futuras.
“(Estamos) preparando a infraestrutura necessária para responder à demanda crescente por energia renovável nessa localidade”.
No início do ano, a Casa dos Ventos já negociava, conforme informações da agência internacional de notícias Reuters, com a ByteDance, empresa chinesa proprietária do TikTok, para a instalação de um data center no Complexo Portuário do Pecém.
Operação do parque deve custar R$ 3,5 bilhões
Segundo informações, o projeto comprado já teria os estudos técnicos, licenciamento ambiental e viabilidade econômica concluídos. Assim, a Casa dos Ventos estima investir mais R$ 3,5 bilhões “para a adequada operação do parque, visando o suporte a projetos futuros”.
A decisão final de investimento deve ser tomada até o fim do ano e está prevista, também, a compra de turbinas. A empresa cearense da família Araripe informou ainda que, embora ainda não esteja integrado a outros ativos, “o projeto pode ser integrado futuramente ao do Data Center”.
“O que permitiria maior eficiência e flexibilidade no fornecimento de energia renovável conforme as necessidades evoluam”.