Déficit global de biocombustíveis pode chegar a 45% até 2040

Agronegócio

Estudo da consultoria Bain & Company prevê um déficit de aproximadamente 20% no suprimento global de biocombustíveis para aviação, transporte marítimo e rodoviário pesado. Essa lacuna pode subir para até 45% em 2040, caso não ocorra avanço significativo em novas matérias-primas e tecnologias. Tal cenário pressiona mercados estruturalmente dependentes de importações, como a União Europeia, e indica um risco crescente à viabilidade da transição energética. Para o sócio da empresa Felipe Cammarata, é nesse contexto que o Brasil se destaca como um fornecedor estratégico, com potencial real de liderar a resposta global à descarbonização dos transportes.

Isso porque, como líder global na produção de biomassa, com destaque para soja e cana-de-açúcar, o país projeta crescimento da produção da oleaginosa a uma taxa de 4% ao ano até 2030, sendo que, atualmente, 33% do grão brasileiro já é processado internamente, com 55% do óleo de soja destinado à produção de biodiesel em 2024, aumento de 72% em relação a 2017.

De acordo com a Bain, a capacidade instalada de produção de óleo vegetal no Brasil cresceu 20% nos últimos dois anos e conta com ociosidade entre 10% e 15%, o que permite aumento de produção com investimentos incrementais.

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