Defesa de Braga Netto acusa Moraes de extrapolar atuação na delação de Cid

Política

A defesa do general e ex-ministro Walter Braga Netto (foto) acusou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, de extrapolar sua atuação no caso da delação de Mauro Cid. Em petição enviada nesta sexta-feira, 7, à Corte, os advogados alegam que Moraes feriu a estrutura acusatória do processo penal ao conduzir o acordo de colaboração. Os advogados, liderados por José Luís Oliveira Lima, apontam que Moraes teria decretado, por conta própria, a prisão preventiva de Cid após a divulgação de áudios pela revista Veja, sem acionar previamente o Ministério Público Federal. Na gravação, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro afirma ter sofrido pressão da Polícia Federal durante a delação.

Outro ponto contestado pela defesa é a audiência realizada para esclarecer os termos do acordo. Segundo os advogados, o ministro do STF conduziu o depoimento de Cid e teria pressionado o colaborador a afirmar que aquela era sua “última chance” para falar a verdade. 

“O colaborador basicamente teve que escolher entre modificar sua versão dos fatos ou ser preso novamente, arriscando perder o acordo e os benefícios concedidos à sua família”, diz a defesa de Braga Netto. 

A informação foi publicada em O Globo.

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