Decorrida uma semana, Tatiana continua presa

Teresina

O Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE/PI) indeferiu o pedido de habeas corpus apresentado pela defesa da vereadora Tatiana Medeiros (PSB), presa preventivamente desde o dia 3 de abril no Quartel do Comando Geral da PM, em Teresina. A negativa reforça a percepção da Justiça sobre a gravidade dos indícios contra a parlamentar, investigada por suposto financiamento eleitoral com recursos ilícitos de facção criminosa e desvios do Instituto Vamos Juntos.

Fundamentação: risco à ordem pública e interferência na investigação

Segundo fontes ligadas ao processo, o desembargador relator do TRE/PI fundamentou sua decisão na preservação da ordem pública e na necessidade de assegurar a eficácia da investigação criminal. A prisão preventiva, sustentada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Eleitoral, se apoia em elementos de prova que indicam a possibilidade de reiteração delitiva, ocultação de provas e intimidação de testemunhas.

Ainda que Tatiana já estivesse sob medidas cautelares alternativas — como uso de tornozeleira e restrição de contato com investigados —, a Justiça entendeu que a prisão era necessária após a deflagração da segunda fase da Operação Escudo Eleitoral, que revelou novos fatos e movimentações financeiras.

Defesa alega constrangimento e questiona atualidade dos fatos

Na peça protocolada, a defesa de Tatiana Medeiros alegou constrangimento ilegal, argumentando que os fatos que embasaram a prisão seriam antigos, e que a vereadora colaborava com a Justiça desde a primeira fase da operação, sem oferecer riscos à investigação. A petição também sustentava que a prisão seria desproporcional, sobretudo em face da condição de parlamentar eleita.

No entanto, o pedido foi rejeitado antes mesmo do prazo regulamentar, o que indica que o Judiciário não considerou os argumentos suficientes para rever a custódia preventiva.

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