Conflito entre Índia e Paquistão paralisa voos na Ásia e Europa

Guerra

O confronto entre Índia e Paquistão gerou graves impactos na aviação civil da Ásia e Europa, com dezenas de voos cancelados ou desviados para evitar o espaço aéreo paquistanês. A crise começou com a “Operation Sindoor”, uma ação militar indiana que atingiu nove alvos terroristas em território paquistanês e na Caxemira, resultando na morte de 70 terroristas e ferimentos em outros 60, segundo dados oficiais.

A operação, conduzida pelas Forças Armadas indianas — Exército, Marinha e Força Aérea —, foi uma resposta ao ataque terrorista de 22 de abril, que deixou 26 mortos.

O governo indiano classificou a ofensiva como uma ação “medida e proporcional”, destacando que os alvos eram bases de grupos terroristas como Lashkar-e-Taiba e Jaish-e-Mohammed, evitando instalações militares paquistanesas para não escalar o conflito.

Na aviação civil, os efeitos foram imediatos.

A taiwanesa EVA Air teve que alterar rotas de voos para a Europa. O voo BR62, com destino a Viena, retornou ao ponto de origem, enquanto o BR95, de Taipei para Milão, fez escala em Viena para reabastecimento. mudanças afetaram pelo menos dez voos partindo do Aeroporto Internacional de Taoyuan, em Taiwan, e provocaram uma queda de 1,7% nas ações da companhia. Outras empresas asiáticas adotaram rotas alternativas pelo Mar Arábico para evitar a zona de conflito.

As companhias aéreas indianas são as mais afetadas, acumulando perdas anuais estimadas em US$ 800 milhões (R$ 7 bilhões).

A Air India lidera em prejuízos, com R$ 5 bilhões (US$ 591 milhões), seguida pela IndiGo, com R$ 1,3 bilhão. Mais de 800 voos semanais do norte da Índia para destinos na América do Norte, Europa, Oriente Médio e Ásia Central foram impactados.

Para as transportadoras internacionais, cada voo desviado custa entre US$ 25 mil e US$ 50 mil, dependendo do modelo da aeronave.

O Paquistão também enfrenta perdas significativas, deixando de arrecadar cerca de US$ 120 mil por dia em taxas de sobrevoo de voos indianos.

A Moody’s alertou que a prolongação do conflito poderá comprometer a recuperação econômica do país, dificultando o acesso a financiamentos externos e pressionando o cumprimento de suas obrigações internacionais de dívida.

Com o agravamento da crise, companhias aéreas como Lufthansa, British Airways, Air France, Etihad, Oman Air, Swiss International Air Lines e Emirates anunciaram que evitarão o espaço aéreo do Paquistão. A Qatar Airways suspendeu temporariamente todas as suas ligações com o país.

As rotas internacionais estão sendo adaptadas para garantir a segurança de passageiros e tripulações, mas ao custo de aumento nos tempos de viagem e nos custos operacionais.

Autoridades e especialistas alertam que, se a tensão entre as duas potências nucleares não for controlada, o impacto econômico poderá se estender além do setor aéreo, afetando mercados financeiros e a estabilidade regional.

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