Centenas de navios chineses estão roubando nosso peixe. Na cara dura. Governo não faz nada.

Polícia

Mais de 300 navios chineses rondam a costa brasileira em busca de peixes valiosos — e a Marinha prepara resposta estratégica, isto é, se o Lula deixar.

É nesse território marítimo, rico em biodiversidade e recursos pesqueiros, que se trava uma disputa silenciosa e persistente: o avanço de frotas pesqueiras estrangeiras, em especial da China, que vêm sendo acusadas de depredar recursos naturais brasileiros por meio da pesca ilegal.

Nos últimos anos, organizações ambientais e dados de monitoramento por satélite revelaram um aumento expressivo da presença chinesa no Atlântico Sul. Relatórios apontam que, apenas em 2022, a frota chinesa que atuava nessa região chegou a 346 embarcações, contra 74 em 2013.

Muitas operam próximas ou dentro da zona econômica exclusiva do Brasil, desligando deliberadamente seus sistemas de rastreamento (AIS) para escapar da fiscalização, prática conhecida como “apagão eletrônico”.

A técnica permite que embarcações realizem pesca de arrasto em larga escala, capturando toneladas de espécies de alto valor comercial e comprometendo ecossistemas inteiros.

Além do impacto ambiental, essa atividade ameaça a subsistência de comunidades pesqueiras artesanais brasileiras, que veem seus estoques diminuírem ano após ano. Há registros de operações próximas ao litoral do Pará e do Amapá, inclusive em áreas sensíveis próximas à foz do Rio Amazonas, levantando alertas sobre segurança alimentar e soberania nacional. A resposta brasileira: da diplomacia à patrulha

Como autoridade marítima, a Marinha do Brasil lidera os esforços para conter a pesca ilegal em águas jurisdicionais. Sob a bandeira do projeto Amazônia Azul, a instituição coordena ações de patrulhamento, inspeção e monitoramento ambiental, além de articular políticas com órgãos como o Ibama e a Polícia Federal.

Uma das principais ferramentas é o Programa Nacional de Rastreamento de Embarcações de Pesca (PREPS), que utiliza satélites para acompanhar rotas e identificar comportamentos suspeitos. O sistema, no entanto, enfrenta desafios técnicos e jurídicos, como embarcações estrangeiras não cadastradas ou que falsificam o sinal de localização.

No campo diplomático, a Marinha e o Itamaraty vêm promovendo reuniões bilaterais com representantes chineses para pressionar por maior controle sobre suas frotas.

Em 2023, durante a visita de uma comitiva naval da China ao Brasil, o comando da Marinha apresentou dados sobre violações e buscou fortalecer mecanismos de cooperação para prevenir a pesca ilegal no Atlântico Sul.

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