Geomá Pereira de Almeida, proprietário de uma rede de casas de apostas no Ceará e acusado de realizar lavagem de dinheiro para familiares de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola – número 1 da facção criminosa paulista Primeiro Comando da Capital (PCC) – deve seguir preso preventivamente, decidiu a Justiça Estadual. Ele foi um dos 22 presos na Operação Primma Migratio, deflagrada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Ceará (Ficco/CE) em abril do ano passado.
As investigações da Ficco apontaram que Geomá Pereira é um integrante do PCC especialista em jogo do bicho, máquinas caça-níqueis e outros jogos, que veio de São Paulo para o Ceará, para instalar um esquema criminoso de lavagem de dinheiro da facção, através de uma rede de apostas que atua em território cearense. Ele seria o representante da família de ‘Marcola’ no esquema.
A Vara de Delitos de Organizações Criminosas rejeitou um pedido da defesa de Geomá Pereira para converter a prisão preventiva em prisão domiciliar, no dia 14 de fevereiro último. A decisão foi publicada no Diário da Justiça Eletrônico (DJE) da última sexta-feira (7).
No pedido, a defesa de Geomá alegou que o cliente “sofreu um acidente cerebral vascular isquêmico (AVC) recentemente, motivo pelo qual tem que ser submetido a exames clínicos e laboratoriais, bem como a consultas com um médico neurologista com regularidade” e afirmou que a Penitenciária de Presidente Venceslau II, em São Paulo, onde o acusado está preso, “não adotou nenhuma das providências necessárias para a mantença da vida do peticionário”.