O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral solicitou ao ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), a extensão da decisão que anulou todos os atos da Operação Lava Jato contra o doleiro Alberto Youssef, principal nome da investigação à época, ligado a corrupção.
Na petição, a defesa de Cabral sustenta que a condenação imposta ao ex-governador em Curitiba é consequência direta da fase inicial da Lava-Jato, e que, diante da nulidade reconhecida no caso de Youssef, é necessário estender os efeitos da decisão ao ex-governador.
“A mácula na primeira fase da Operação Lava-Jato leva ao reconhecimento da nulidade de todas as 79 fases da operação”, argumentaram os advogados de Cabral, que também alegam ter havido um conluio entre os procuradores da força-tarefa e o então juiz federal Sergio Moro, hoje senador.
Cabral foi condenado por Moro em 2017 a 14 anos e dois meses de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, acusado de ter recebido propina nas obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), da Petrobras.