Os países que compõem o Brics (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, e agora o bloco composto por Irã, Arábia Saudita, Egito, Etiópia e o Emirados Árabes Unidos, tentarão chegar a um consenso para levar à 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30) uma posição única sobre o financiamento de ações climáticas, informou o negociador-chefe do Brasil no Brics, embaixador Maurício Lyrio.
Nesta semana, os negociadores dos países que integram o Brics vão se reunir em Brasília para discutir os temas prioritários estabelecidos pelo Brasil e buscar pontos de convergência para a cúpula de chefes de Estado, que acontece no Rio de Janeiro em julho. Segundo Lyrio, as estimativas dão conta de que são necessários US$ 1,3 trilhão para combater as mudanças do clima.
A COP em Baku (Azerbaijão), no ano passado, chegou ao valor de US$ 300 bilhões, valor considerado pelo governo brasileiro “muito aquém” do necessário e que representou uma “decepção”.
“Teremos a COP no segundo semestre, daí a importância de se conectar todos os processos: G20, Brics e COP. Os países em desenvolvimento e emergentes não ficaram totalmente satisfeitos com os resultados de Baku porque, em termos de financiamento — e dada a necessidade de volumes mais altos de financiamento no combate à mudança do clima —, os resultados foram modestos”, afirmou Lyrio.