O Brasil é um país repleto de histórias fascinantes e muitas delas vem diretamente do Nordeste. E essas é uma delas. É a do meteorito Bendegó. Este gigante celeste, que sobreviveu a quedas, incêndios e viagens épicas, é um verdadeiro símbolo de resistência e curiosidade científica.
A Descoberta do Bendegó
Tudo começou em 1784, quando um menino chamado Domingos da Motta Botelho, que pastoreava gado no sertão da Bahia, encontrou uma enorme pedra metálica em uma fazenda próxima à atual cidade de Monte Santo. A descoberta chamou a atenção do governador da Bahia, que ordenou a remoção do objeto. No entanto, a primeira tentativa de transporte foi um desastre: o meteorito caiu no leito do riacho Bendegó, onde permaneceu por mais de 100 anos.
Foi só em 1888, a pedido do imperador D. Pedro II, que o Bendegó foi finalmente resgatado e transportado para o Rio de Janeiro. A operação foi uma das mais complexas da época, envolvendo carros de boi, trilhos e até uma comissão especial de engenheiros. O meteorito chegou ao Museu Nacional, onde se tornou uma das peças mais icônicas do acervo.
Bendegó é um verdadeiro ‘sobrevivente’
A princípio, Bendegó não é apenas um meteorito; é um sobrevivente. Ele resistiu à entrada na atmosfera terrestre há milhares de anos e, mais recentemente, sobreviveu ao incêndio que destruiu parte do Museu Nacional em 2018. Após o incêndio, o meteorito não apresentou danos irrecuperáveis e, graças à sua composição robusta, permaneceu praticamente intacto.
Hoje, ele está de volta ao Museu Nacional, onde continua a fascinar visitantes e pesquisadores.