O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decide, nesta semana, a próxima taxa básica de juros do país, a Selic, que ficará vigente por 45 dias. A expectativa é de nova alta nos juros, previamente contratada pelo comitê na última reunião.
A segunda do Copom deste ano está marcada para terça-feira (18/3) e quarta-feira (19/3). A decisão final será comunicada após o fim do segundo dia de deliberações da diretoria do BC.
Na ata anterior, de janeiro, o colegiado indicou que, caso o cenário de avanço dos preços perdurasse, seria necessário fazer ajuste de pelo menos 1 ponto percentual. Dessa forma, os juros passarão dos atuais 13,25% ao ano para 14,25% ao ano — mesmo patamar de julho de 2015, época da crise no governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
Entenda a situação dos juros no Brasil
- A taxa Selic é o principal instrumento de controle da inflação. Quando a inflação está elevada, o BC age aumentando os juros, na tentativa de conter o consumo.
- A expectativa é de novas altas nos juros ainda no primeiro trimestre, com taxa próxima a 15% ao ano.
- O mercado financeiro estima que a Selic ficará em 15% ao ano até o fim de 2025, segundo o relatório Focus.
- Projeções mais recentes mostram que o mercado desacredita em um cenário em que a taxa de juros volte a ficar abaixo de dois dígitos durante o governo Lula (PT) e do mandato de Gabriel Galípolo à frente do BC.
Caso se confirme, este será o quinto avanço consecutivo da Selic. A adoção de política monetária mais contracionista (ou seja, o aumento dos juros) começou em setembro de 2024, quando o Copom interrompeu o ciclo de cortes e elevou em 0,25 ponto percentual a taxa, que passou dos então 10,50% ao ano para 10,75%.