Morreu o ator Francisco Cuoco, ícone da teledramaturgia brasileira, aos 91 anos, nesta quinta-feira (19). A informação foi confirmada pela família do artista por comunicado. A causa da morte foi falência múltipla dos órgãos. O velório será às 7h15 desta sexta-feira (20), aberto ao público, no Funeral Home. O enterro está marcado para as 16h, fechado aos familiares e amigos.
Internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, há cerca de 20 dias, Cuoco estava sedado e enfrentava complicações de saúde decorrentes da idade avançada e de uma infecção provocada por um ferimento.
Trajetória
Nascido em 29 de novembro de 1933, no Brás, zona centro-leste de São Paulo, filho de um feirante, começou a trabalhar jovem na feira e formou-se em teatro na Escola de Arte Dramática da USP.
Destacou-se em papéis sofisticados e sedutores, com voz grave, postura marcante e presença viril, características que definiram sua trajetória artística.
Estreou nos palcos em 1958 e iniciou na televisão na TV Tupi, com destaque na teledramaturgia a partir de 1964. Na Rede Globo, protagonizou novelas icônicas como Selva de Pedra (1972), Pecado Capital (1975), e O Astro (1977). Após os anos 2000, fez participações em novelas como Passione (2010), Sol Nascente (2016), Segundo Sol (2018) e Salve-se Quem Puder (2020).
Atuou no teatro ao lado de nomes como Fernanda Montenegro e Sérgio Britto, passou pelo Teatro dos Sete e chegou ao cinema com obras como Traição (1998) e Cafundó (2005). Também teve atuação profissional na música, no disco Solead (1975) e o CD Paz Interior, com orações católicas.
Neste ano, foi homenageado na série documental “Tributo”, que relembrou sua trajetória nas artes cênicas.
Casado duas vezes, deixa três filhos: Tatiana, Rodrigo e Diogo. Nos últimos meses, viveu junto com sua irmã Grácia Cuoco.