novo primeiro-vice-presidente da Câmara dos Deputados, Altineu Côrtes (PL-RJ), afirmou que há fundamentos para um eventual impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No entanto, ele ressaltou que qualquer processo nesse sentido não será aberto sem a concordância do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).
“Existem muitos pedidos de impeachment, por exemplo, a questão do Pé-de-Meia, é um batom na cueca, o assunto é extremamente grave, mas essa prerrogativa, mesmo que eu esteja representando o presidente da Câmara no momento em que ele estiver ausente, eu jamais poderia fazê-lo sem estar de acordo com o presidente Hugo Motta, mesmo entendendo que, num caso ou outro, exista razão para tal”, declarou Côrtes.
Como primeiro-vice-presidente da Mesa Diretora da Câmara, Côrtes assume o comando da Casa sempre que Hugo Motta precisar se ausentar. No entanto, ele enfatizou a necessidade de alinhamento político antes de qualquer decisão drástica.
Diálogo e orientação de Bolsonaro
Côrtes também defendeu o diálogo entre os líderes partidários e afirmou que estará disposto a apoiar o governo federal caso os projetos sejam benéficos para a população. Segundo ele, essa é a orientação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“A Câmara, hoje, precisa de diálogo entre os líderes, o Brasil não precisa, hoje, de confronto, é para isso que eu vou trabalhar aqui. Ajudando ao governo, quando o projeto for bom para o povo brasileiro, essa foi a determinação do presidente Bolsonaro. Nós vamos estar votando com o governo se o projeto for bom para ajudar a vida dos brasileiros, e sendo radicalmente contra se não for bom para o brasileiro”, afirmou o deputado.
A declaração de Altineu Côrtes reforça o posicionamento da oposição dentro da Câmara e sua estratégia de fiscalização do governo Lula, mantendo uma postura de cautela sobre a abertura de um eventual processo de impeachment.