Criação de peixes ornamentais segue um padrão de normais definidas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a comercialização segue regras específicas que não os permitem ser negociados como pets
A Secretaria de Pesca e Aquicultura (SPA) do Ceará discute a mudança de condição de como os peixes ornamentais são atualmente comercializados no Estado. A ideia é de que os animais possam ser vendidos como bichos de estimação, a exemplo de cachorros e gatos, em lojas especializadas.
O assunto foi revelado pelo secretário da Pesca e Aquicultura do Ceará, Oriel Filho. Conforme o titular da pasta, a comercialização de peixes ornamentais ainda é cercada de muita burocracia, o que impede o crescimento pleno da atividade econômica.
“A gente tem um mercado ótimo, mercado que, com um pequeno espaço, tem uma produção grande que uma família pode ter uma renda de dois salários mínimos. Para isso, a gente está fazendo tratativas para desburocratizar o mercado do peixe ornamental como pet. Tem uma lei que a gente fez um esboço na secretaria, já encaminhamos para a Assembleia para que eles possam analisar e ver se a gente consegue destravar aqui a nível do Estado. Se não conseguir, vamos trabalhar a nível federal”.
A ideia da secretaria, segundo Oriel Filho, é que a piscicultura ornamental, como é chamada esse tipo de criação, possa ser expandida para um tipo de aquicultura familiar que potencialize os ganhos dos produtores, seja no mercado interno ou na exportação.
O engenheiro de pesca da SPA, Josué Bezerra, afirma que “o Ceará ocupa a terceira posição entre os maiores produtores de peixes ornamentais do Brasil, com uma produção anual estimada de aproximadamente 2 milhões de exemplares”.