Geoengenharia é o conjunto de propostas tecnológicas em larga escala para mitigar os efeitos das mudanças climáticas.
Além dos custos envolvidos, nem todas conseguem garantir que um controle preciso dos resultados será possível. Algumas soluções propostas têm potencial para causar distúrbios ainda maiores na atmosfera.
Grandes vulcões, ao entrar em erupção, podem lançar uma quantidade significativa de cinzas na atmosfera. O material mais fino pode ficar em suspensão durante vários meses ou até mesmo alguns anos e acaba por limitar a entrada de luz solar.
Isso pode provocar um resfriamento da Terra até que esse material particulado acabe por cair no solo ou nos oceanos.
Esse é um dos princípios da geoengenharia, que parte da perspectiva de produzir esse tipo de efeito de maneira artificial.
Essa perspectiva surgiu em 1974, quando o cientista Mikhail Budyko, nascido na antiga União Soviética, propôs uma abordagem para resfriar o planeta, caso o aquecimento global se tornasse uma séria ameaça.
A proposta de Budyko era pulverizar a baixa atmosfera, por meio de aviões, com aerossóis de compostos de enxofre que refletiriam a luz solar.
UM EXPERIMENTO SEM CONTROLE, QUAL A MELHOR SOLUÇÃO PARA TERESINA?
Há alguns problemas para que propostas desse tipo sejam colocadas em prática. O primeiro deles é o custo, associado à escala de atuação. Uma ação desse tipo deveria assumir uma escala e uma coordenação internacional sem precedentes.
Isso envolveria custos que seriam difíceis de distribuir. Basta ver o que acontece com o financiamento climático. Países ricos, que basearam grande parte de seu desenvolvimento com a emissão de gases de efeito estufa, não querem arcar com os custos desse passivo ambiental.
Entretanto, há uma questão que precede aos custos. Será que isso daria certo? Seria possível controlar seus efeitos? A resposta é não. Embora um trabalho desse tipo pudesse, virtualmente, gerar os resultados pretendidos, isso não significa que os efeitos seriam distribuídos conforme as necessidades de cada região.
O aquecimento dos continentes e oceanos não se distribui de maneira homogênea. Há locais onde esse aquecimento é mais intenso do que em outros. Isso depende do fluxo das correntes oceânicas e dos ventos. Embora uma nuvem de aerossol possa ser dispersa em uma área específica, os ventos se encarregariam de espalhar isso para outras regiões.
Essa distribuição não seria necessariamente homogênea. Em alguns locais, ou continentes, essa concentração poderia ser maior. Em resumo, ao invés de solucionar o problema do aquecimento, uma ação desse tipo poderia criar distúrbios climáticos ainda mais intensos.
No parecer dos pensadores aqui da Tv Poty o melhor mesmo é povoar incansavelmente nossos espaços de árvores frondosas, frutíferas ou floríferas, o importante é que estas resgatem o carbono e produzam sobra e oxigênio. Teresina já possui um projeto a ser apresentado brevemente ao Prefeito Silvio Mendes, que trata sobre a Cidade Verde de Volta.
Jorge Machado – pesquisador ambiental