Após reunião entre o presidente Lula e ministros no último sábado (14), o governo federal liberou R$ 667 milhões em emendas parlamentares até a terça-feira (17). O encontro contou com a presença dos ministros Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) e Rui Costa (Casa Civil), além do presidente da Câmara, Hugo Motta, e do ex-presidente Arthur Lira.
A maior parte dos recursos, cerca de R$ 535 milhões, foi destinada à área da Saúde, incluindo as chamadas “emendas panetone” — promessa feita no fim de 2024 como parte da negociação para aprovação do pacote fiscal. A demora no repasse vinha gerando insatisfação, inclusive entre aliados do governo, e pressão de prefeitos por recursos.
Diante das queixas, os ministros organizaram um mutirão entre pastas para acelerar a execução orçamentária. O governo justificou os atrasos com a sanção tardia do Orçamento e novas exigências do STF, como a obrigatoriedade de conta bancária específica e apresentação de plano de trabalho. Apesar do avanço neste mês, o volume de recursos ainda está muito abaixo de 2024, quando R$ 35 bilhões já haviam sido empenhados no mesmo período. A expectativa do Planalto é liberar até R$ 2 bilhões em emendas até o fim de junho para conter a insatisfação no Congresso.