Galeria da Liberdade: Governo reafirma luta por democracia, igualdade e direitos humanos

Ceará

Ressignificando um local pertencente ao Palácio da Abolição, em Fortaleza, o governador Elmano de Freitas sancionou, nesta quarta-feira (18), a lei de criação da Galeria da Liberdade, espaço gerido pelo Museu da Imagem e do Som do Ceará que vem para reafirmar a luta pela garantia de direitos humanos na construção de uma sociedade mais democrática e diversa. Inaugurado na mesma cerimônia, o ambiente recebe a exposição “Negro é um rio que navego em sonhos”.

“Estamos fazendo um reparo histórico por meio desse espaço. O espaço que representa o poder político do Ceará precisa ser um local de união para o povo cearense. Aqui está a bandeira do Ceará e, se tem algo que orgulha muito qualquer cearense, é dizer que foi aqui onde se libertou primeiro os escravos no país. Tenho absoluta convicção que ter a Galeria da Liberdade no Palácio da Abolição une o povo cearense. Temos que dizer com muita clareza: ditadura nunca mais. E precisamos ter um espaço para falar bem da democracia, do amor ao próximo, do povo negro, dos povos indígenas”, destacou o governador Elmano de Freitas.

A Galeria da Liberdade ocupará o espaço do antigo Mausoléu Castelo Branco. O prédio, criado em 1972, faz parte do conjunto arquitetônico do Palácio da Abolição, projetado pelo arquiteto Sérgio Bernardes. Inicialmente, o horário de funcionamento será quarta e quinta-feira, das 10h às 18h, e sexta e sábado, das 13h às 20h.

Coordenadora da Galeria da Liberdade, Cícera Barbosa detalhou o processo para a definição da exposição de abertura. “Fizemos um exercício de convidar as pessoas. A exposição em si é um convite para que as pessoas se sintam contempladas. Acredito que esse espaço representa uma ressignificação histórica e corajosa, pensando a partir do passado e também da perspectiva do futuro. Esse exercício de se sentir representado vem por meio da coletividade”, contou.

Em cada lado da Galeria, estão adinkras (símbolos ideográficos, parte da cultura do povo Akran, na África Ocidental) além de imagens de mulheres negras referências para o movimento negro no Ceará.

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